outubro 24, 2011

Já é possível reduzir rugas e rejuvenescer o rosto sem cirurgia

Postado por Jesarela de Carvalho às segunda-feira, outubro 24, 2011 0 comentários
A célula mesenquimal é usada para restaurar o nível de fibroblastos e ativa a produção de colágeno e elastina. A pesquisa da UFRJ não causa milagres, mas faz o que se espera das células-tronco.

outubro 16, 2011

Globo Repórter - Células-tronco

Postado por Jesarela de Carvalho às domingo, outubro 16, 2011 0 comentários
Uso das células-tronco revoluciona a medicina.










outubro 14, 2011

Células-tronco reduzem dores e curam lesões de animais

Postado por Jesarela de Carvalho às sexta-feira, outubro 14, 2011 0 comentários
No interior de São Paulo, gatos recebem células-tronco para melhorar de certas doenças. O tratamento também ajuda para fazer os animais voltarem a se alimentar. Em cavalos, os membros se recuperam.

outubro 09, 2011

Superstição - Não pode ser coincidência

Postado por Jesarela de Carvalho às domingo, outubro 09, 2011 0 comentários
Ver um gato preto desperta uma sensação desagradável em muita gente; estudos mostram por que a crença no sobrenatural é tão enraizada: supor associações, inclusive onde elas não existem, pode ter suas vantagens.
por Thomas Grüter

Nós vivemos em tempos de busca de comprovações. No entanto, a astrologia, a vidência e a magia não perderam sua atratividade. Pelo contrário: no Brasil não há levantamentosespecíficos sobre o tema, mas muita gente ainda bate três vezes na madeira para espantar o azar e certamente vai repetir a roupa que acredita lhe trazer sorte. Que o digam os jogadores da Seleção Brasileira. Entre os alemães, por exemplo, a crença em bons ou maus augúrios está hoje mais disseminada do que há um quarto de século, relatou o Instituto de Opinião Pública de Allensbach após uma enquete em 2005. 42% dos entrevistados consideravam, por exemplo, o trevo de quatro folhas um bom sinal. Segundo dados da National Science Foundation de 2002, mais de 40% dos americanos estão convencidos: o diabo, espíritos ou fenômenos sobrenaturais, como curas milagrosas, realmente existem.

Nem mesmo cientistas estão livres de superstições: em 2008, Richard Coll e seus colegas da Universidade de Waikato, em Hamilton, Nova Zelândia, entrevistaram 40 representantes de diversas disciplinas – entre eles, físicos, químicos e biólogos – sobre sua opinião a respeito de fenômenos sobrenaturais. Vários acreditavam no efeito curativo de pedras preciosas, outros, na existência de espíritos ou extraterrestres, e quase sempre com base em experiências pessoais ou em relatos convincentes. Alguns disseram que amigos e parentes teriam sido curados de graves doenças por meio de um apelo a um poder maior. Os céticos, por sua vez, justificavam quase sempre sua postura de rejeição com considerações teóricas.

Conclusão: a crença no sobrenatural não deixou de existir de forma alguma em tempos de ciência moderna. As pessoas tendem a imaginar que eventos concomitantes têm uma relação causal entre si, apesar de, na verdade, serem independentes. Quem experimenta o sucesso em diferentes situações e por fim percebe que esteve sempre usando a mesma jaqueta nesses momentos, provavelmente logo vai considerá-la o seu talismã pessoal – sem procurar as causas reais para o sucesso.

Animais apresentam um comportamento semelhante – isso foi demonstrado pelo psicólogo americano Burrhus Skinner em 1948, em seus experimentos sobre o condicionamento operante, nos quais um comportamento que surge espontaneamente é reforçado pela recompensa. Em seu experimento que se tornou famoso como a “superstição entre as pombas”, os pássaros em uma gaiola tinham acesso à comida regularmente por um curto período de tempo.

Paulatinamente, eles começaram a repetir suas ações ocasionais imediatamente antes da liberação do alimento: saltitavam, bicavam ou se viravam. As pombas reforçaram o comportamento que haviam associado ao recebimento da ração – o que para Skinner era uma consequência inevitável do aprendizado pela recompensa.

SAPATO NA MÃO
Vários psicólogos tentaram transferir o experimento de Skinner com as pombas para os seres humanos. Em 1987, o pesquisador Koichi Ono, da Universidade de Komazawa em Tóquio, espalhou sobre uma mesa três caixas, cada uma com uma alavanca na parte superior. Um contador em uma lateral móvel saltava em intervalos aleatórios para o próximo número mais alto acompanhado de um zumbido e uma luz vermelha. Além disso, três lâmpadas sempre voltavam a se acender ao acaso. Os 20 voluntários que participaram do estudo deviam obter o
valor mais alto possível no contador por meio de qualquer comportamento, de preferência criativo.

Dois deles desenvolveram, no decorrer do experimento, algo semelhante a um comportamento supersticioso, um deles especialmente marcante: certa vez, o contador se moveu justamente quando a mulher estava pulando da mesa – em seguida, ela passou a saltitar incansavelmente para elevar de novo o resultado. Quando ela tocou o teto com o sapato na mão, a lâmpada também se acendeu, o zumbido soou e um ponto adicional surgiu no contador. Então a voluntária passou a se esticar, apontando o sapato para o teto ao pular até desistir antes do término do experimento – provavelmente por exaustão, como escreveu o coordenador do estudo.

Koichi Ono concluiu que um ritual pode reforçar a si mesmo quando a pessoa sempre volta a repeti-lo seguidamente, sem intervalo, já que nesses casos a probabilidade é maior de que ele ocorra, por coincidência, simultaneamente ao efeito desejado. Como em seu experimento apenas dois sujeitos desenvolveram rituais constantes, ao que tudo indica a “superstição pela recompensa” de Skinner não pode ser tão facilmente transferida de aves para pessoas. Diferentemente dos animais, o homem tem uma ideia bastante clara de como o mundo funciona, de forma que algumas associações lhe parecem plausíveis; outras, por sua vez, absurdas. Mas então, de onde vem nossa tendência a atribuir causas injustificadas a determinados acontecimentos?

Os biólogos Jan Beck e Wolfgang Forstmeier sugeriram em 2007 uma estratégia de aprendizagem simples na qual a superstição surge como produto secundário inevitável. Fundamentalmente, as pessoas supõem uma relação causal quando observam a realização simultânea (uma coincidência) de dois acontecimentos ou ações. Uma ou duas coincidências já bastam para uma suposição como essa. O comportamento supersticioso, portanto, surge de forma relativamente rápida. Inversamente, são necessárias várias repetições da não simultaneidade para destruir uma suspeita.

Na avaliação de coincidências surgem dois tipos de erros:1) Não existe nenhuma relação entre os fenômenos, mas a pessoa a presume mesmo assim. Os estatísticos designam este como erro do primeiro tipo. 2) Existe realmente uma relação, mas a pessoa a descarta: um erro do segundo tipo. Decisivo para o balanço são os “custos” de cada erro. Por exemplo, um movimento em um capim alto poderia indicar a aproximação de um tigre. Então seria um erro do segundo tipo (ou seja, a ignorância) que traria consequências fatais. Um erro do primeiro tipo seria a fuga rápida, sem pensar muito na questão sobre o que realmente significam as folhas de grama balançando.

Entre a realidade e a ficção: estudo feito na Nova Zelândia mostrou que mesmo sem provas cientistas acreditavam na existência de vida extraterrena

MELHOR NÃO CORRER RISCO
Beck e Forstmeier supõem que para seres humanos a visão de mundo e o conhecimento sobre relações causais também influenciam a forma como as coincidências são avaliadas. Quem, portanto, sabe que na região não há tigres naturalmente também não precisa fugir. Essa avaliação, por sua vez, exerce influência sobre o conhecimento de mundo e melhora os fundamentos para todos os julgamentos seguintes. Tais considerações ocorrem extensamente de forma inconsciente e são constantemente reajustadas.

Se a tendência à superstição é uma vantagem para a sobrevivência, ela naturalmente também poderia ser hereditária. No início de 2009, os biólogos Kevin Foster e Hanna Kokko, da Universidade Harvard e da Universidade de Helsinque, respectivamente, publicaram um modelo matemático com o qual calcularam se a herança de comportamentos supersticiosos oferecia vantagens evolucionárias. “Supersticioso” significa aqui que os animais reagem a um estímulo ambíguo preferencialmente como se estivessem diante de um perigo real.

Os pesquisadores partiram do pressuposto de que indícios reais de uma ameaça nem sempre podem ser diferenciadosdos falsos. Um predador que se aproxima sorrateiro pela mata pode ser percebido pelo farfalhar dos ramos, então existe um grande perigo. Mas o vento também provoca o movimento das árvores – uma situação totalmente inofensiva. Se ambos os sons não podem ser diferenciados com certeza, a reação supersticiosa a qualquer farfalhar é a variante mais segura.Com isso, um comportamento aparentemente supersticioso, segundo os pesquisadores, seria uma parte inevitável da capacidade de adaptação de toda espécie animal, inclusive dos humanos.

Caso isso esteja correto, todos os homens deveriam ser supersticiosos na mesma medida, mas a maioria das pesquisas mostra o oposto: a tendência à superstição está distribuída de forma muito desigual e depende também da psique de cada um. Os psicólogos Marjaana Lindeman e Kia Aarnio, da Universidade de Helsinque, perguntaram em 2006 a mais de 200 pessoas se compreendiam afirmações como “móveis antigos conhecem o passado” ou “um pensamento malvado está contaminado” literal ou metaforicamente. Eles queriam, com isso, descobrir se os sujeitos misturavam categorias como “vivo”, “espiritual” ou “inanimado”, ou seja, se atribuíam características imateriais a objetos. Além disso, as pessoas testadas tinham de decidir se, em sua opinião, haveria um sentido por trás de acontecimentos casuais – como por exemplo “os freios do seu carro não funcionam e você bate no carro de um desconhecido, com quem você mais tarde se casa”.

Para muitas crianças costuma parecer estranho que pessoas não "caiam" da Terra, já que o planeta é redondo

Resultado: os sujeitos supersticiosos tendiam a atribuir características ou pensamentos espirituais a fenômenos puramente psíquicos. Além disso, presumiam com mais frequência uma intenção em acontecimentos totalmente casuais. Nesses casos, confiavam mais na sua sensação e menos na lógica analítica do que os céticos. Segundo Lindeman e Aarnio, a essência da superstição poderia então consistir em que as pessoas confundam características fundamentais de objetos mentais, físicos e biológicos. Mas como crenças também se alimentam da experiência, a superstição poderia também estar associada às vivências que acumulamos desde nossos primeiros anos de vida.

Os psicólogos Paul Bloom e Deena Weisberg da Universidade de Yale em New Haven, Connecticut, resumiram, em um trabalho de 2007, como a intuição da primeira infância poderia bloquear a compreensão de explicações científicas até a idade adulta. Logo nos primeiros anos de vida, desenvolvemos uma série de ideias sobre o funcionamento do mundo e sobre o comportamento de nossos semelhantes. Crianças muito pequenas já sabem, por exemplo, que as coisas continuam existindo mesmo quando desaparecem de seu campo de visão. Às vezes esses saberes, porém, colidem com os conhecimentos científicos. Por exemplo: as crianças têm consciência de que os objetos caem no chão quando os soltamos, e portanto lhes parece estranho que a Terra possa ser uma esfera. Afinal, as pessoas do outro lado do globo deveriam perder o equilíbrio.

Crianças de 4 anos, por sua vez, procuram em todas as coisas um objetivo – elas perguntam sempre “por que” e “para quê”. Por isso, têm dificuldade de compreender um desenvolvimento evolucionário com base em tentativa e erro. Como concluíram Bloom e Weisberg, as ideias não científicas se mantêm mais provavelmente até a idade adulta quando duas condições são preenchidas: as ideias precisam ser intuitivamente compreensíveis e ter origem em fontes confiáveis. Os autores concluem, com isso, que ideias pseudocientíficas, como o criacionismo, se manterão enquanto autoridades políticas e religiosas as apoiarem.

Thomas Grüter é professor da Universidade de Münster, Alemanha, e jornalista científico.


outubro 07, 2011

Fascínios e mistérios das doenças do cérebro

Postado por Jesarela de Carvalho às sexta-feira, outubro 07, 2011 0 comentários

Coleção com seis volumes traz textos de especialistas em alzheimer, parkinson, autismo, esquizofrenia, transtorno bipolar, hiperatividade, depressão, stress e ansiedade.


Com as novas tecnologias de imageamento e mapeamento do cérebro muito se avançou no conhecimento dos processos bioquímicos e funcionais do órgão mais complexo do corpo humano – que dá suporte às emoções, gera pensamentos, consolida memórias e rege os movimentos físicos. Nessa máquina altamente plástica, refinadas tramas de neurônios e outras células nervosas, proteínas e neurotransmissores (que perpassam estruturas bastante especializadas) trabalham ininterruptamente para manter as funções mentais, mnemônicas, cognitivas e motoras a pleno vapor, de modo a responderem, em conjunto, às demandas do ambiente.

Funções e ações aparentemente simples derivam desse processo complexo: um gesto, uma reação empática, as lembranças de fatos marcantes, o reconhecimento das pessoas queridas ou os estados de ânimo condizentes com a situação. Porém, no momento em que algo falha na dinâmica cerebral, corre-se o risco de haver uma espécie de curto-circuito, dando origem a sintomas por vezes intrigantes ou bizarros, principalmente quando o distúrbio aparece em áreas ou estruturas voltadas à cognição, ao circuito motor, à memória, às emoções e à percepção.
A compreensão do que ocorre quando a máquina cerebral emperra é o ponto de partida para a coleção Doenças do Cérebro, em seis edições. A mais nova série da revista Mente&Cérebro põe em cena alguns dos principais distúrbios neurológicos e mentais, que ainda hoje intrigam a ciência e a indústria farmacêutica e permanecem como constantes temas de pesquisa. Além das prováveis causas e sintomas, especialistas analisam dados epidemiológicos, discutem propostas terapêuticas, bem como apresentam os estudos em andamento.

“O cérebro humano é, sem dúvida, um objeto fascinante de estudo; um órgão com uma estrutura extremamente complexa e com habilidades fantásticas; no entanto, ele também é alvo de vários distúrbios debilitantes e ainda incuráveis”, escrevem os pesquisadores Fernanda G. De Felice e Sérgio T. Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), autores de artigo do primeiro número da série.
É o caso de doenças neurodegenerativas ainda sem cura, como Parkinson e Alzheimer, cujas estatísticas mundiais impressionam (4 milhões de pessoas diagnosticadas com a primeira patologia, 35 milhões com a segunda). Esses dois temas abrem a coleção. Já os distúrbios do espectro autista (como o autismo propriamente dito, a síndrome de Asperger e a de savant) – tema da segunda edição –, embora raros, suscitam questionamentos em virtude dos mecanismos cerebrais e genéticos, bem como dos componentes psicológicos, que levam os portadores ao isolamento afetivo que os caracteriza.

Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), tema tão em pauta na atualidade, em especial no caso de crianças e adolescentes, é discutido sob diversos ângulos na terceira edição, que aborda também a epilepsia, com vistas às novas medicações e neurocirurgias. Os transtornos mentais, como esquizofrenia, bipolaridade e depressão, assuntos sempre em pauta e os mecanismos bioquímicos e psicológicos que os regem são tratados na quarta e na quinta edição. A série se encerra com um tema bastante atual, os transtornos de ansiedade e stress, que, cada vez mais, afligem o mundo contemporâneo, devido ao excesso de demandas intelectuais, profissionais e emocionais.

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