dezembro 22, 2011

Especialistas estão otimistas quando ao futuro do estudo das células-tronco

Postado por Jesarela de Carvalho às quinta-feira, dezembro 22, 2011 0 comentários
"Trabalhar com células é uma coisa muito artesanal, você tem que todo dia olhar pra ela, ver se ela está feliz, se não está, se ela está se multiplicando. E não tem feriado, não tem fim de semana, ano novo, Natal. Todo dia, você tem que observá-las”, revela a geneticista Lygia Pereira, da Universidade de São Paulo (USP).




Ainda mais quando o material é tão nobre como esse: células-embrionárias, cultivadas no Brasil nos últimos dois anos. "A gente ter conseguido fazer as nossas próprias linhagens de células-tronco embrionárias foi fundamental para dar autonomia ao país nessas pesquisas, e na terapia com essas células. Agora, a gente controla todo o processo, a gente sabe pegar um embrião, tirar a célula embrionária, multiplicar essas células, transformá-las em neurônios, em músculos. 

O que a gente precisa agora é da segunda etapa, de produzir isso tudo de uma forma segura para uso em seres humanos", afirma a médica.

A Dra. Lygia é do time de brasileiros que vive o entusiasmo de ver a medicina do futuro nascendo no laboratório. Quanto mais seguros são esses primeiros passos, mais longe a pesquisa consegue chegar.

"A grande promessa é você fazer terapia gênica na célula-tronco. Você pega a célula-tronco e coloca lá os gens que podem ajudar no combate da doença para turbinar a célula-tronco. Você pode botar na célula-tronco um fator genético que faz com que ela produza uma quantidade muito grande de insulina, por exemplo. E ela corrigiria a diabetes", aposta o hematologista Júlio Voltarelli, da USP.

Esse é um mundo sem fronteiras. E, assim, a equipe do Sr. Júlio Voltarelli - que trabalha no interior de São Paulo - consegue ser uma referência mundial.

"Isso é que é muito bom, porque eu sempre digo que a pesquisa é como uma casa que você vai construindo colocando tijolinhos, e tem muita gente correndo para colocar os tijolinhos, e a casa está crescendo. Então, cada trabalho novo que surge é um novo aprendizado, é um tijolinho a mais. E que todo mundo aprende junto", declara a geneticista Mayana Zatz, da USP.

E sempre de olho no futuro, os cientistas vão deixando, no caminho, ferramentas que os médicos já estão aproveitando.

"Hoje, nós vivemos um momento único, em que um pesquisador clínico que vê e trata pacientes tem a chance de ir a um laboratório de pesquisa básica e dialogar com esses profissionais, procurando soluções na bancada do laboratório para os seus pacientes nos consultórios, nos ambulatórios que hoje sofrem", ressalta o cardiologista Luis Henrique Gowdak, do InCor de SP.

O desafio deste século é desenvolver a medicina regenerativa, usando o próprio corpo humano como fonte da cura. Conhecendo cada vez melhor essa máquina maravilhosa, onde será possível chegar?

"O nosso grande desafio é eliminar esse conceito, esse rótulo, que alguns pacientes ainda recebem de ‘lamento, não há mais nada que a medicina possa fazer pelo senhor. Então, o senhor ai continuar a sofrer pelo tempo de vida que lhe resta’. Isso é muito angustiante para um médico. Isso é um desafio", afirma o cardiologista Luis Henrique Gowdak, do InCor de SP.


dezembro 21, 2011

As cores do amor

Postado por Jesarela de Carvalho às quarta-feira, dezembro 21, 2011 0 comentários
Pesquisadora brasileira faz estudo on-line para descobrir quais tonalidades as pessoas associam ao sentimento.

Azul, verde, vermelho, amarelo, preto, branco... Afinal, para você, qual a tonalidade que pode ser associada ao amor? Com essa pergunta na cabeça a designer Carla de Bona iniciou, ainda na faculdade, um estudo sobre cor e percepção. 

Para colher a opinião de pessoas de todas as partes do mundo, ela criou o site Color of Love, um gigantesco mosaico virtual com cores e opiniões sobre o amor.

O participante escolhe em uma paleta um tom que o remete ao sentimento e deixa ali uma mensagem. Os registros são os mais variados: uma brasileira de 19 anos, por exemplo, escolheu o preto, pois para ela, “o amor a deixa triste”; um chinês de 24 anos escolheu azul e explicou: “O amor é como um oceano profundo e imensurável”.

Um brasileiro de 24 anos escreveu: “O amor é feito de sangue” ao justificar a opção pelo vermelho. Até agora mais de 2 mil pessoas deixaram depoimentos. Para participar basta acessar www.coloroflove.us

Fonte:

dezembro 20, 2011

O cérebro se transforma quando aprendemos

Postado por Jesarela de Carvalho às terça-feira, dezembro 20, 2011 0 comentários
Tanto a substância cinzenta quanto a branca aumentam quando adquirimos conhecimento, e isso vale para jovens e idosos.

Adquirimos constantemente novas informações e aptidões. No entanto, os pesquisadores ainda sabem muito pouco sobre o que exatamente acontece durante esse processo: será que o maquinário já existente das células cerebrais é adaptado a cada situação ou unidades de processamento completamente novas são criadas e integradas? 

Ou seja, apenas a comunicação entre os neurônios se altera ou toda a estrutura do cérebro, o hardware neural, também se modifica durante a aprendizagem?

As células neurais funcionam como unidades processadoras de informações. Seus corpos formam a substância cinzenta, o córtex, que compõe a camada externa do cérebro. 
Cada neurônio pode receber sinais de outras células, transmitidos pelos pontos de contato, as sinapses, e depois encaminhados ao longo de extensões chamadas axônios. 

Eles ficam dentro do cérebro, ou seja, embaixo do córtex, e são chamados substância branca. Sua função é ligar os neurônios por longas distâncias, permitindo a comunicação entre diversas áreas.

A cor clara vem da camada de gordura isolante que envolve os axônios. Essa bainha de mielina acelera o encaminhamento dos sinais, contribuindo para uma comunicação rápida sem perdas de dados.

O truque decisivo: a bainha mielínica é interrompida a pequena distância pelos nódulos de Ranvier; os sinais praticamente “saltam” de um nódulo para outro. 
Sem essas interrupções, os sinais se difundiriam mais lentamente e, em trechos mais longos, acabariam por se extinguir.

O grau de mielinização, portanto, influencia a velocidade e a força dos impulsos: quanto mais grossa a camada isolante, melhor e mais rápido os dados são transmitidos.

Mas o que isso tem a ver com aprender? O aprendizado, antes de mais nada, baseia-se em uma alteração de comunicação entre as células do cérebro. 

Assim, é bastante plausível que a substância branca também se modifique quando aprendemos uma nova habilidade motora (como no caso do malabarismo), pelo surgimento de novos axônios ou com uma mielinização mais intensa daqueles já existentes.
Dessa forma, os sinais de áreas visuais teriam condição de atingir as regiões cerebrais motoras com mais rapidez, por exemplo. 

Por isso, dançar, nadar, treinar lutas marciais, jogar tênis ou xadrez, praticar arvorismo ou qualquer outra atividade que mantenha o corpo e a mente em movimento favorece a capacidade neural.

Fonte:

dezembro 19, 2011

Inteligência pode estar associada a tempo mais longo de vida

Postado por Jesarela de Carvalho às segunda-feira, dezembro 19, 2011 0 comentários
Experimento com abelhas demonstra que quem aprende rapidamente costuma resistir melhor a situações estressantes.

Pessoas inteligentes vivem mais tempo. A correlação é tão forte quanto a existente entre fumo e morte prematura, embora não se saiba bem a razão disso. 

Um estudo recente sugere que, além de fazerem escolhas mais sábias no decorrer da vida, os longevos podem ter a biologia operando a seu favor.

Intrigada com esse conceito, a bióloga Gro Amdam, da Universidade do Estado do Arizona e da Universidade de Ciências da Vida, na Noruega, realizou um experimento com abelhas europeias – animais usados com frequência como modelo neurobiológico para aprendizagem, com base em reforço positivo e negativo.

Na metodologia utilizada os insetos foram colocados individualmente em um tubo plástico e aprenderam a associar um odor a determinada recompensa alimentícia. 

Após uma ou duas tentativas, muitos já estendiam as probóscides (estruturas semelhantes a línguas), na certeza de que receberiam uma gotícula açucarada. Outros, no entanto, apresentaram aprendizado mais demorado.
Para simular envelhecimento, os mesmos animais foram expostos a um ambiente com alta concentração de oxigênio. Dessa forma, as células liberam radicais livres nocivos que rompem as membranas e causam apoptose – processo de morte celular programada pelo próprio organismo. 

Como os pesquisadores já supunham, as abelhas que apresentaram maior facilidade em aprender sobreviveram por mais tempo: em média 58,8 horas. 

Os aprendizes considerados lentos suportaram, em média, 54,6 horas. Gro suspeita que a resiliência ao estresse geral talvez explique esse fato, já que os insetos mais resistentes foram os mesmos que rapidamente associaram odor à recompensa.

A pesquisadora acredita que em humanos o processo pode ser semelhante. “Se forem desvendadas as diferenças biológicas subjacentes, será possível aliviar disparidades congênitas. Assim, existirá a possibilidade de ajudar todos a ter uma vida mais longa”.

Fonte:

dezembro 18, 2011

As “estrelas” que moram na cabeça e controlam a respiração

Postado por Jesarela de Carvalho às domingo, dezembro 18, 2011 0 comentários
Células neurais chamadas astrócitos regulam a entrada e a saída de ar de acordo com a necessidade do organismo a cada momento

O processo de inspirar e expirar parece obedecer a um controle cerebral simples. Mas, segundo artigo publicado na Science por um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos, existem células específicas que desempenham um papel central nessa regulação: os astrócitos. 

Encontradas no cérebro e na medula espinhal, elas recebem esse nome por terem formato de estrela. Até há pouco tempo, os neurocientistas supunham que essas estruturas neurais tivessem função secundária e pouco ativa na fisiologia cerebral, mas Alexander Gourine, da University College London, encontrou evidências de que elas são protagonistas no controle químico-sensorial da respiração.
Ele descobriu que os astrócitos detectam alterações nos níveis de dióxido de carbono e de acidez no organismo. Com base nessas informações são ativadas redes neuronais que regulam a entrada e a saída do ar, de acordo com a atividade e o metabolismo do corpo a cada momento. 

Durante o processo, os astrócitos liberam trifosfato de adenosina (ATP), um mensageiro químico que estimula centros respiratórios para que uma quantidade a mais de dióxido de carbono seja removida do sangue e eliminada pela expiração. 

Pesquisadores acreditam que esses resultados podem ajudar a entender melhor os mecanismos responsáveis por problemas como asma, enfisema e até a sensação de fôlego curto causada pelo estresse ou por doenças cardiovasculares.

Fonte:

dezembro 05, 2011

Depressão faz doentes enxergarem em tons de cinza

Postado por Jesarela de Carvalho às segunda-feira, dezembro 05, 2011 0 comentários
O mundo é literalmente cinza para as pessoas que sofrem de depressão. A descoberta, realizada por cientistas alemães, prova o que há séculos é manifestado na pintura, na literatura e em outras artes. Segundo um estudo da Universidade de Freiburg, na Alemanha, a doença causa uma alteração fisiológica nos olhos, cujo efeito é a perda de sensibilidade na visão.

Os pesquisadores realizaram testes na retina de pacientes voluntários e mostraram que o efeito é semelhante ao ato de diminuir o controle de contraste em uma TV. Para os especialistas, a conclusão da experiência foi tão clara que eles acreditam poder usar o teste de visão para medir níveis de depressão em pacientes que apresentem sintomas da doença.

Essa pode ser a razão pela qual, ao longo dos tempos, independentemente da cultura ou língua, os artistas retratam a depressão usando símbolos da escuridão e tons cinzentos.

Pacientes diagnosticados com depressão relatam com frequência sintomas como a perda de sensibilidade (hipoestesia, no contexto médico) em seus sentidos sensoriais. Para Paulo Dalgalarrondo, psiquiatra do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciência Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), essa é uma reclamação constante de quem busca tratamento para a doença.

Dalgalarrondo explica que, quando diagnosticadas com depressão grave, as pessoas tendem a dizer que as cores já não têm a cor que tinham, que a música não soa como soava antes e que a sensação é realmente de que o mundo está mais apagado.

A tela 'The Old Guitarist', de Pablo Picasso, foi produzida em 1903 (Foto: Divulgação)
 
O médico ressalta, no entanto, que essas alterações na visão ao longo do período em que a pessoa está doente não são irreversíveis. À medida que o paciente cura a doença, sua retina volta ao normal e ele passa a enxergar como antes.

Segundo Dalgalarrondo, o assunto é popular entre os especialistas da área, no entanto ele afirma que a abordagem fisiológica, baseada no estudo na retina, é inédita e bastante interessante para a comunidade científica.

Especialista: Paulo Dalgalarrondo, psiquiatra do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciência Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Envolvimento com assunto: Atende pacientes com depressão há mais de 20 anos. 


- Conclusão
Mais uma vez os artistas foram pioneiros na identificação dos males que atormentam a sociedade. O estudo mostra que, séculos depois, os pesquisadores só estão comprovando cientificamente o que há anos já era retratado nas telas e na poesia.

(Por Renata Honorato)

- Título oficial: Seeing Gray When Feeling Blue? Depression Can Be Measured in the Eye of the Diseased

- Publicação: Biological Psychiatry

- Quem fez: Pesquisador Dr. Ludger Tebartz van Elst

- Instituição: Universidade de Freiburg, na Alemanha

- Dados de amostragem: A análise alemã foi realizada com dois grupos de 20 pessoas. Do total dos voluntários, 50% era diagnosticado com depressão e os demais 50% não apresentava qualquer sintoma da doença.

- Resultado: O estudo mostrou que pessoas depressivas são realmente menos sensíveis aos contrastes de cor e enxergam em tons de cinza.



Fonte: 

http://www.biologicalpsychiatryjournal.com/article/S0006-3223%2810%2900129-0/abstract

novembro 28, 2011

Comunidade global ajuda na cura do câncer

Postado por Jesarela de Carvalho às segunda-feira, novembro 28, 2011 0 comentários
Se o seu computador estiver conectado à internet, você pode colocar a sua máquina à disposição de pesquisadores do mundo todo.

Você saberia dizer qual a principal ferramenta para o desenvolvimento de novos medicamentos e até da descoberta da cura para várias doenças? Acertou quem pensou em computadores.

Aqui, no Canadá, esse centro de pesquisas do câncer ganhou um enorme impulso, representado por essas duas cadeiras vazias. O trabalho que era feito aqui agora foi automatizado - o que vai aumentar e muito a velocidade das pesquisas em favor da cura do câncer. Mas, essa automatização só foi possível graças ao projeto World Community Grid.

Por meio dele, você pode emprestar o seu micro para causas nobres. Funciona assim: o seu computador está conectado à internet, mas não está fazendo nada. Essa capacidade de processamento ociosa é colocada a serviço de pesquisas contra o câncer, contra a distrofia muscular e até contra a dengue. Se você se preocupa com segurança, não há o que temer, a rede é totalmente segura, supervisionada pela IBM, e, assim que você voltar a usar seu micro, a rede se desconecta, para não comprometer o desempenho do seu computador local. É um jeito bacana de ajudar na luta pela cura de doenças, sem qualquer esforço. Se você quiser detalhes de como funciona, basta clicar no link que está no início dessa matéria. Ele te levará até a página do World Community Grid.
  
Link desta matéria:

Portador de câncer tem benefícios especiais

Postado por Jesarela de Carvalho às segunda-feira, novembro 28, 2011 0 comentários
A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que o número estimado de novos casos de câncer em todo o mundo chegará a 15 milhões em 2020. A Constituição Federal brasileira assegura aos portadores de neoplasia maligna (câncer) alguns direitos especiais, mas a falta de informação é grande e muitos portadores deixam de desfrutar desses benefícios por desconhecerem seus direitos.

O câncer pode ser controlado e, se diagnosticado precocemente, a cura é possível em muitos casos. Entretanto, o tratamento da doença pode ter um custo elevado, além de causar complicações físicas e psicológicas ao paciente. Por isso, foi instituído o direito constitucional aos portadores de câncer. Muitas entidades editam cartilhas e diversos materiais informativos sobre esses benefícios, a exemplo do Instituto Nacional do Câncer (INCa), da Associação Brasileira de Combate ao Câncer Infantil e Adulto (Abraccia), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), etc, mas a falta de informação ainda é um dos maiores inimigos dos portadores de câncer. Os direitos garantidos aos doentes de câncer são extensivos a pacientes com outras doenças graves, como tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, cegueira, paralisia irreversível ou incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondilartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), Aids e contaminação por radiação. Esses benefícios vão da isenção de pagamento do Imposto de Renda que incide na aposentadoria, andamento prioritário de processos judiciais, levantamento do FGTS, quitação de imóvel, levantamento de seguro de vida e previdência privada, saque do PIS, auxílio transporte, isenção de IPI, ICMS e IPVA na aquisição de veículos especiais, entre outros. Conheça alguns desses direitos:
Acesso aos dados do serviço médico se dá pelo requerimento à instituição de saúde que detenha os dados do prontuário.

Benefício auxílio-doença será devido ao segurado da Previdência Social que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, nos termos da C.L.T. É devido ao segurado empregado a contar do décimo-sexto dia do afastamento da atividade.

Aposentadoria por invalidez – devida ao segurado que, estando ou não em gozo do auxíliodoença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício da atividade que lhe garanta a subsistência e será paga enquanto permanecer nessa condição. Se o segurado do INSS necessitar de assistência permanente de outra pessoa, a critério da perícia médica, o valor da aposentadoria por invalidez será aumentado em 25% a partir da data de sua solicitação.

Isenção do imposto de renda na aposentadoria – poderá ser requerida junto ao órgão competente, ou seja, aquele que paga a aposentadoria (INSS, Prefeitura, etc).
Benefício de prestação continuada (LOAS) – devido àquelas pessoas que não têm acesso aos benefícios previdenciários. Garante um salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e/ou idoso com 67 anos ou mais, que comprove não possuir meios de promover a própria manutenção e nem tê-la promovida por sua família. Esse benefício pode ser solicitado nas Agências da Previdência Social mediante o cumprimento das exigências legais.

Isenção da contribuição previdenciária – sobre a parcela de até três mil reais dos proventos dos servidores públicos federais aposentados por invalidez.

Passe livre em transporte coletivo interestadual para pessoas carentes portadoras de deficiência.

Liberação do Fundo de Garantia e do PIS/Pasep – deve ser requerido junto à Caixa Econômica Federal. É devido ao trabalhador com neoplasia maligna (câncer) ou o trabalhador que possuir dependentes, registrados no INSS, acometidos de câncer.
Cirurgia plástica reparadora de mama pela rede de unidades integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS), nos casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer.

Quitação do financiamento de imóvel junto à Caixa Econômica Federal sujeito à verificação e composição de renda familiar no contrato de financiamento.

Isenção de ICMS, IPI e IPVA, caso a doença ocasione deficiência nos membros, superiores ou inferiores, que a impossibilite de dirigir automóveis comuns.
Isenção do ICMS – Deverá ser requerida junto à Secretaria da Fazenda do Estado, na aquisição de veículos especiais. Cada Estado tem uma regulamentação própria para a isenção. Em São Paulo, por exemplo, estão isentos os veículos de até 127 HP de potência bruta, adaptados ao uso de pessoas portadoras de deficiência física (caso de mulheres submetidas a mastectomia decorrente de neoplasia maligna).
Isenção do IPI – A ser requerida junto à Secretaria da Receita Federal, na aquisição de veículos por portadores de deficiência Física.
Isenção de IPVA – A ser requerida junto à Secretaria da Fazenda do Estado.

Dica: O portador de câncer deve guardar todos os laudos, receitas, exames, radioterapias, tomografias, entre outros documentos, além de seus pessoais, que comprovem o problema de saúde. Estes são documentos importantes em qualquer processo judicial.

Saiba mais ~>

novembro 27, 2011

Cientistas americanos pesquisam vacina contra o câncer de mama

Postado por Jesarela de Carvalho às domingo, novembro 27, 2011 0 comentários
Os testes começam no ano que vem, mas os estudos podem levar pelo menos mais dez anos. 
Giuliana Morrone - Nova York 
Mais uma boa novidade no mundo da ciência. Pesquisadores americanos estão desenvolvendo uma vacina contra o câncer de mama.
O medicamento já está sendo testado em ratos. E os resultados são animadores.

Os testes começam no ano que vem, mas os estudos podem levar pelo menos mais dez anos.
A vacina promete prevenir tumores e acabar com os já existentes. O pesquisador Vincent Trohy está muito confiante. Ele disse que a vacina contra o câncer de mama terá o mesmo impacto da vacina contra a paralisia infantil, que erradicou a doença em quase todo o mundo.

A base é a proteína alfa lactalbumina que aparece na maioria dos tumores de mama. Veja que curioso: é a mesma proteína encontrada na mama saudável, quando a mulher está em fase de lactação, produzindo leite.
A vacina funciona assim: destrói a proteína impedindo o crescimento dos tumores.
O alvo da vacina seriam mulheres com mais de 40 anos e que não estivessem amamentando.



Doe Palavras

Postado por Jesarela de Carvalho às domingo, novembro 27, 2011 0 comentários
Um movimento para levar mensagens de força aos pacientes com câncer do Instituto Mário Penna. Envie sua mensagem por aqui ou pelo seu twitter, acrescentando a hashtag #doepalavras. Ela será exibida nas TV's do hospital para os pacientes.

Site: http://www.doepalavras.com.br/

novembro 09, 2011

Estudo do IBMC/Porto traz novas perspectivas para o controlo de leucemias

Postado por Jesarela de Carvalho às quarta-feira, novembro 09, 2011 0 comentários
O Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto (IBMC) anunciou hoje ter desenvolvido um estudo que permite descobrir novas potencialidades nos glóbulos vermelhos, abrindo caminho para o controlo de leucemias.

O estudo, publicado na última edição da revista "Immunology and Cell Biology", contribui para uma melhor compreensão da função dos glóbulos vermelhos ao nível do sistema imunológico na medida em que "certas substâncias libertadas pelos glóbulos vermelhos têm um papel importante na sobrevivência e proliferação dos glóbulos brancos em divisão", explica o IBMC.

Embora seja indiscutível entre a comunidade científica que a função principal dos glóbulos vermelhos passa pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono, estudos recentes associam-nos à regulação de outros processos fisiológicos como a contração vascular, a agregação de plaquetas ou a proliferação de glóbulos brancos.


É nesta área que o grupo do IBMC, liderado por Fernando Arosa, tem trabalhado para ajudar a perceber o papel dos glóbulos vermelhos na regulação do ciclo celular e na sobrevivência dos glóbulos brancos, em particular dos linfócitos T.


Para perceber o efeito regulador que os glóbulos vermelhos exercem sobre os linfócitos T em divisão, a equipa de cientistas procurou identificar os fatores responsáveis por esse fenômeno.


O artigo agora publicado revela que, entre as várias substâncias que são libertadas pelos glóbulos vermelhos, um grupo restrito de natureza proteica desempenha "um papel ativo na homeostasia (regulação biológica) dos linfócitos T, potenciando a sobrevivência e o crescimento daqueles".

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=42560&op=all



Immunology and Cell Biology , (4 May 2010)

Red blood cells release factors with growth and survival bioactivities for normal and leukemic T cells


Ricardo F. Antunes, Cláudia Brandão, Margarida Maia and Fernando A Arosa

Abstract


Human red blood cells are emerging as a cell type capable to regulate biological processes of neighboring cells. Hereby, we show that human red blood cell conditioned media contains bioactive factors that favor proliferation of normal activated T cells and leukemic Jurkat T cells, and therefore called erythrocyte-derived growth and survival factors. Flow cytometry and electron microscopy in parallel with bioactivity assays revealed that the erythrocyte factors are present in the vesicle-free supernatant, which contains up to 20 different proteins. The erythrocyte factors are thermosensitive and do not contain lipids. Native polyacrylamide gel electrophoresis followed by passive elution and mass spectrometry identification reduced the potential erythrocyte factors to hemoglobin and peroxiredoxin II. Two-dimensional differential gel electrophoresis of the erythrocyte factors revealed the presence of multiple hemoglobin oxy–deoxy states and peroxiredoxin II isoforms differing in their isoelectric point akin to the presence of β-globin chains. Our results show that red blood cells release protein factors with the capacity to sustain T-cell growth and survival. These factors may have an unforeseen role in sustaining malignant cell growth and survival in vivo.

Fonte: http://www.nature.com/icb/journal/vaop/ncurrent/full/icb201060a.html

novembro 06, 2011

Células-tronco ajudam a tratar diabetes e esclerose múltipla

Postado por Jesarela de Carvalho às domingo, novembro 06, 2011 0 comentários

outubro 24, 2011

Já é possível reduzir rugas e rejuvenescer o rosto sem cirurgia

Postado por Jesarela de Carvalho às segunda-feira, outubro 24, 2011 0 comentários
A célula mesenquimal é usada para restaurar o nível de fibroblastos e ativa a produção de colágeno e elastina. A pesquisa da UFRJ não causa milagres, mas faz o que se espera das células-tronco.

outubro 16, 2011

Globo Repórter - Células-tronco

Postado por Jesarela de Carvalho às domingo, outubro 16, 2011 0 comentários
Uso das células-tronco revoluciona a medicina.










outubro 14, 2011

Células-tronco reduzem dores e curam lesões de animais

Postado por Jesarela de Carvalho às sexta-feira, outubro 14, 2011 0 comentários
No interior de São Paulo, gatos recebem células-tronco para melhorar de certas doenças. O tratamento também ajuda para fazer os animais voltarem a se alimentar. Em cavalos, os membros se recuperam.

outubro 09, 2011

Superstição - Não pode ser coincidência

Postado por Jesarela de Carvalho às domingo, outubro 09, 2011 0 comentários
Ver um gato preto desperta uma sensação desagradável em muita gente; estudos mostram por que a crença no sobrenatural é tão enraizada: supor associações, inclusive onde elas não existem, pode ter suas vantagens.
por Thomas Grüter

Nós vivemos em tempos de busca de comprovações. No entanto, a astrologia, a vidência e a magia não perderam sua atratividade. Pelo contrário: no Brasil não há levantamentosespecíficos sobre o tema, mas muita gente ainda bate três vezes na madeira para espantar o azar e certamente vai repetir a roupa que acredita lhe trazer sorte. Que o digam os jogadores da Seleção Brasileira. Entre os alemães, por exemplo, a crença em bons ou maus augúrios está hoje mais disseminada do que há um quarto de século, relatou o Instituto de Opinião Pública de Allensbach após uma enquete em 2005. 42% dos entrevistados consideravam, por exemplo, o trevo de quatro folhas um bom sinal. Segundo dados da National Science Foundation de 2002, mais de 40% dos americanos estão convencidos: o diabo, espíritos ou fenômenos sobrenaturais, como curas milagrosas, realmente existem.

Nem mesmo cientistas estão livres de superstições: em 2008, Richard Coll e seus colegas da Universidade de Waikato, em Hamilton, Nova Zelândia, entrevistaram 40 representantes de diversas disciplinas – entre eles, físicos, químicos e biólogos – sobre sua opinião a respeito de fenômenos sobrenaturais. Vários acreditavam no efeito curativo de pedras preciosas, outros, na existência de espíritos ou extraterrestres, e quase sempre com base em experiências pessoais ou em relatos convincentes. Alguns disseram que amigos e parentes teriam sido curados de graves doenças por meio de um apelo a um poder maior. Os céticos, por sua vez, justificavam quase sempre sua postura de rejeição com considerações teóricas.

Conclusão: a crença no sobrenatural não deixou de existir de forma alguma em tempos de ciência moderna. As pessoas tendem a imaginar que eventos concomitantes têm uma relação causal entre si, apesar de, na verdade, serem independentes. Quem experimenta o sucesso em diferentes situações e por fim percebe que esteve sempre usando a mesma jaqueta nesses momentos, provavelmente logo vai considerá-la o seu talismã pessoal – sem procurar as causas reais para o sucesso.

Animais apresentam um comportamento semelhante – isso foi demonstrado pelo psicólogo americano Burrhus Skinner em 1948, em seus experimentos sobre o condicionamento operante, nos quais um comportamento que surge espontaneamente é reforçado pela recompensa. Em seu experimento que se tornou famoso como a “superstição entre as pombas”, os pássaros em uma gaiola tinham acesso à comida regularmente por um curto período de tempo.

Paulatinamente, eles começaram a repetir suas ações ocasionais imediatamente antes da liberação do alimento: saltitavam, bicavam ou se viravam. As pombas reforçaram o comportamento que haviam associado ao recebimento da ração – o que para Skinner era uma consequência inevitável do aprendizado pela recompensa.

SAPATO NA MÃO
Vários psicólogos tentaram transferir o experimento de Skinner com as pombas para os seres humanos. Em 1987, o pesquisador Koichi Ono, da Universidade de Komazawa em Tóquio, espalhou sobre uma mesa três caixas, cada uma com uma alavanca na parte superior. Um contador em uma lateral móvel saltava em intervalos aleatórios para o próximo número mais alto acompanhado de um zumbido e uma luz vermelha. Além disso, três lâmpadas sempre voltavam a se acender ao acaso. Os 20 voluntários que participaram do estudo deviam obter o
valor mais alto possível no contador por meio de qualquer comportamento, de preferência criativo.

Dois deles desenvolveram, no decorrer do experimento, algo semelhante a um comportamento supersticioso, um deles especialmente marcante: certa vez, o contador se moveu justamente quando a mulher estava pulando da mesa – em seguida, ela passou a saltitar incansavelmente para elevar de novo o resultado. Quando ela tocou o teto com o sapato na mão, a lâmpada também se acendeu, o zumbido soou e um ponto adicional surgiu no contador. Então a voluntária passou a se esticar, apontando o sapato para o teto ao pular até desistir antes do término do experimento – provavelmente por exaustão, como escreveu o coordenador do estudo.

Koichi Ono concluiu que um ritual pode reforçar a si mesmo quando a pessoa sempre volta a repeti-lo seguidamente, sem intervalo, já que nesses casos a probabilidade é maior de que ele ocorra, por coincidência, simultaneamente ao efeito desejado. Como em seu experimento apenas dois sujeitos desenvolveram rituais constantes, ao que tudo indica a “superstição pela recompensa” de Skinner não pode ser tão facilmente transferida de aves para pessoas. Diferentemente dos animais, o homem tem uma ideia bastante clara de como o mundo funciona, de forma que algumas associações lhe parecem plausíveis; outras, por sua vez, absurdas. Mas então, de onde vem nossa tendência a atribuir causas injustificadas a determinados acontecimentos?

Os biólogos Jan Beck e Wolfgang Forstmeier sugeriram em 2007 uma estratégia de aprendizagem simples na qual a superstição surge como produto secundário inevitável. Fundamentalmente, as pessoas supõem uma relação causal quando observam a realização simultânea (uma coincidência) de dois acontecimentos ou ações. Uma ou duas coincidências já bastam para uma suposição como essa. O comportamento supersticioso, portanto, surge de forma relativamente rápida. Inversamente, são necessárias várias repetições da não simultaneidade para destruir uma suspeita.

Na avaliação de coincidências surgem dois tipos de erros:1) Não existe nenhuma relação entre os fenômenos, mas a pessoa a presume mesmo assim. Os estatísticos designam este como erro do primeiro tipo. 2) Existe realmente uma relação, mas a pessoa a descarta: um erro do segundo tipo. Decisivo para o balanço são os “custos” de cada erro. Por exemplo, um movimento em um capim alto poderia indicar a aproximação de um tigre. Então seria um erro do segundo tipo (ou seja, a ignorância) que traria consequências fatais. Um erro do primeiro tipo seria a fuga rápida, sem pensar muito na questão sobre o que realmente significam as folhas de grama balançando.

Entre a realidade e a ficção: estudo feito na Nova Zelândia mostrou que mesmo sem provas cientistas acreditavam na existência de vida extraterrena

MELHOR NÃO CORRER RISCO
Beck e Forstmeier supõem que para seres humanos a visão de mundo e o conhecimento sobre relações causais também influenciam a forma como as coincidências são avaliadas. Quem, portanto, sabe que na região não há tigres naturalmente também não precisa fugir. Essa avaliação, por sua vez, exerce influência sobre o conhecimento de mundo e melhora os fundamentos para todos os julgamentos seguintes. Tais considerações ocorrem extensamente de forma inconsciente e são constantemente reajustadas.

Se a tendência à superstição é uma vantagem para a sobrevivência, ela naturalmente também poderia ser hereditária. No início de 2009, os biólogos Kevin Foster e Hanna Kokko, da Universidade Harvard e da Universidade de Helsinque, respectivamente, publicaram um modelo matemático com o qual calcularam se a herança de comportamentos supersticiosos oferecia vantagens evolucionárias. “Supersticioso” significa aqui que os animais reagem a um estímulo ambíguo preferencialmente como se estivessem diante de um perigo real.

Os pesquisadores partiram do pressuposto de que indícios reais de uma ameaça nem sempre podem ser diferenciadosdos falsos. Um predador que se aproxima sorrateiro pela mata pode ser percebido pelo farfalhar dos ramos, então existe um grande perigo. Mas o vento também provoca o movimento das árvores – uma situação totalmente inofensiva. Se ambos os sons não podem ser diferenciados com certeza, a reação supersticiosa a qualquer farfalhar é a variante mais segura.Com isso, um comportamento aparentemente supersticioso, segundo os pesquisadores, seria uma parte inevitável da capacidade de adaptação de toda espécie animal, inclusive dos humanos.

Caso isso esteja correto, todos os homens deveriam ser supersticiosos na mesma medida, mas a maioria das pesquisas mostra o oposto: a tendência à superstição está distribuída de forma muito desigual e depende também da psique de cada um. Os psicólogos Marjaana Lindeman e Kia Aarnio, da Universidade de Helsinque, perguntaram em 2006 a mais de 200 pessoas se compreendiam afirmações como “móveis antigos conhecem o passado” ou “um pensamento malvado está contaminado” literal ou metaforicamente. Eles queriam, com isso, descobrir se os sujeitos misturavam categorias como “vivo”, “espiritual” ou “inanimado”, ou seja, se atribuíam características imateriais a objetos. Além disso, as pessoas testadas tinham de decidir se, em sua opinião, haveria um sentido por trás de acontecimentos casuais – como por exemplo “os freios do seu carro não funcionam e você bate no carro de um desconhecido, com quem você mais tarde se casa”.

Para muitas crianças costuma parecer estranho que pessoas não "caiam" da Terra, já que o planeta é redondo

Resultado: os sujeitos supersticiosos tendiam a atribuir características ou pensamentos espirituais a fenômenos puramente psíquicos. Além disso, presumiam com mais frequência uma intenção em acontecimentos totalmente casuais. Nesses casos, confiavam mais na sua sensação e menos na lógica analítica do que os céticos. Segundo Lindeman e Aarnio, a essência da superstição poderia então consistir em que as pessoas confundam características fundamentais de objetos mentais, físicos e biológicos. Mas como crenças também se alimentam da experiência, a superstição poderia também estar associada às vivências que acumulamos desde nossos primeiros anos de vida.

Os psicólogos Paul Bloom e Deena Weisberg da Universidade de Yale em New Haven, Connecticut, resumiram, em um trabalho de 2007, como a intuição da primeira infância poderia bloquear a compreensão de explicações científicas até a idade adulta. Logo nos primeiros anos de vida, desenvolvemos uma série de ideias sobre o funcionamento do mundo e sobre o comportamento de nossos semelhantes. Crianças muito pequenas já sabem, por exemplo, que as coisas continuam existindo mesmo quando desaparecem de seu campo de visão. Às vezes esses saberes, porém, colidem com os conhecimentos científicos. Por exemplo: as crianças têm consciência de que os objetos caem no chão quando os soltamos, e portanto lhes parece estranho que a Terra possa ser uma esfera. Afinal, as pessoas do outro lado do globo deveriam perder o equilíbrio.

Crianças de 4 anos, por sua vez, procuram em todas as coisas um objetivo – elas perguntam sempre “por que” e “para quê”. Por isso, têm dificuldade de compreender um desenvolvimento evolucionário com base em tentativa e erro. Como concluíram Bloom e Weisberg, as ideias não científicas se mantêm mais provavelmente até a idade adulta quando duas condições são preenchidas: as ideias precisam ser intuitivamente compreensíveis e ter origem em fontes confiáveis. Os autores concluem, com isso, que ideias pseudocientíficas, como o criacionismo, se manterão enquanto autoridades políticas e religiosas as apoiarem.

Thomas Grüter é professor da Universidade de Münster, Alemanha, e jornalista científico.


outubro 07, 2011

Fascínios e mistérios das doenças do cérebro

Postado por Jesarela de Carvalho às sexta-feira, outubro 07, 2011 0 comentários

Coleção com seis volumes traz textos de especialistas em alzheimer, parkinson, autismo, esquizofrenia, transtorno bipolar, hiperatividade, depressão, stress e ansiedade.


Com as novas tecnologias de imageamento e mapeamento do cérebro muito se avançou no conhecimento dos processos bioquímicos e funcionais do órgão mais complexo do corpo humano – que dá suporte às emoções, gera pensamentos, consolida memórias e rege os movimentos físicos. Nessa máquina altamente plástica, refinadas tramas de neurônios e outras células nervosas, proteínas e neurotransmissores (que perpassam estruturas bastante especializadas) trabalham ininterruptamente para manter as funções mentais, mnemônicas, cognitivas e motoras a pleno vapor, de modo a responderem, em conjunto, às demandas do ambiente.

Funções e ações aparentemente simples derivam desse processo complexo: um gesto, uma reação empática, as lembranças de fatos marcantes, o reconhecimento das pessoas queridas ou os estados de ânimo condizentes com a situação. Porém, no momento em que algo falha na dinâmica cerebral, corre-se o risco de haver uma espécie de curto-circuito, dando origem a sintomas por vezes intrigantes ou bizarros, principalmente quando o distúrbio aparece em áreas ou estruturas voltadas à cognição, ao circuito motor, à memória, às emoções e à percepção.
A compreensão do que ocorre quando a máquina cerebral emperra é o ponto de partida para a coleção Doenças do Cérebro, em seis edições. A mais nova série da revista Mente&Cérebro põe em cena alguns dos principais distúrbios neurológicos e mentais, que ainda hoje intrigam a ciência e a indústria farmacêutica e permanecem como constantes temas de pesquisa. Além das prováveis causas e sintomas, especialistas analisam dados epidemiológicos, discutem propostas terapêuticas, bem como apresentam os estudos em andamento.

“O cérebro humano é, sem dúvida, um objeto fascinante de estudo; um órgão com uma estrutura extremamente complexa e com habilidades fantásticas; no entanto, ele também é alvo de vários distúrbios debilitantes e ainda incuráveis”, escrevem os pesquisadores Fernanda G. De Felice e Sérgio T. Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), autores de artigo do primeiro número da série.
É o caso de doenças neurodegenerativas ainda sem cura, como Parkinson e Alzheimer, cujas estatísticas mundiais impressionam (4 milhões de pessoas diagnosticadas com a primeira patologia, 35 milhões com a segunda). Esses dois temas abrem a coleção. Já os distúrbios do espectro autista (como o autismo propriamente dito, a síndrome de Asperger e a de savant) – tema da segunda edição –, embora raros, suscitam questionamentos em virtude dos mecanismos cerebrais e genéticos, bem como dos componentes psicológicos, que levam os portadores ao isolamento afetivo que os caracteriza.

Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), tema tão em pauta na atualidade, em especial no caso de crianças e adolescentes, é discutido sob diversos ângulos na terceira edição, que aborda também a epilepsia, com vistas às novas medicações e neurocirurgias. Os transtornos mentais, como esquizofrenia, bipolaridade e depressão, assuntos sempre em pauta e os mecanismos bioquímicos e psicológicos que os regem são tratados na quarta e na quinta edição. A série se encerra com um tema bastante atual, os transtornos de ansiedade e stress, que, cada vez mais, afligem o mundo contemporâneo, devido ao excesso de demandas intelectuais, profissionais e emocionais.

setembro 29, 2011

Estudo mostra que é possível acelerar envelhecimento de células cancerígenas

Postado por Jesarela de Carvalho às quinta-feira, setembro 29, 2011 0 comentários
Resultado de pesquisa muda a forma de combater o câncer. Pesquisa foi divulgada pela Univesidade de Harvard, nos EUA. Cientista deixou gene de ratos inativos. Os testes em humanos já começaram.

setembro 26, 2011

Saia de baixo da mesa!!!

Postado por Jesarela de Carvalho às segunda-feira, setembro 26, 2011 0 comentários
Quando o sofrimento bater a sua porta

Afetos integrais e refinados

Sofrimento desafio para Gigantes

Santidade é feita de instantes


Homilia TOMAR POSSE DO QUE SOU


Amar-se para amar

O sofrimento é a porta

Portador de Deus

Samaritana

Cura dos afetos e emoções:
(1)

(2)

Fogos de Artifício

O direito de ser frágil

Resgatar a ritualidade da vida

setembro 24, 2011

Geração Zapping: tá ligado? - Erane Paladino

Postado por Jesarela de Carvalho às sábado, setembro 24, 2011 0 comentários
Crianças e jovens estão descobrindo novas maneiras de entender o mundo e se relacionar com base em avanços tecnológicos e transformações culturais.

Televisão, telefone, fone de ouvido, computador, MP3, Orkut, Twitter, Facebook, MSN, SMS. A conexão é on-line e os estímulos vêm de toda parte. No monitor do laptop ou no visor do celular incontáveis telas são abertas, reduzidas e fechadas em segundos. Surge uma nova linguagem, na qual a grafia das palavras é adaptada, simplificada, e prevalecem abreviações. A informação chega descontextualizada e truncada, inaugurando um novo jeito de compreender o mundo – e se relacionar, na horizontalidade do conhecimento – e caracterizando a chamada geração zapping (expressão de origem inglesa que se refere ao ato de mudar constantemente de canal).

Surge assim um novo jeito de pensar, graças à síntese de vários dados coletados de forma imediata e simultânea. O zapping tipifica justamente essa relação intensa e aparentemente inesgotável. Fragmentados os corpos, a informação e as relações, os jovens ficam à mercê dos estímulos, sem tempo para a introspecção e assimilação do bombardeio de conteúdos. O apelo ao mundo externo é intenso e vem de todos os lados.

Enquanto para a maioria daqueles que já passaram dos 30 anos a simultaneidade (tudo ligado ao mesmo tempo) é vivida como estressante, adolescentes parecem não se incomodar nem um pouco em receber vários estímulos concomitantes. Não por acaso, a expressão “tá ligado?” é bastante usada por aqueles que não chegaram a conhecer o mundo antes do computador.

São visíveis sua rapidez e destreza em localizar e selecionar informações, bem como esta agilidade em zapear o mundo, coletando os mais diversos dados, nas diferentes fontes.

O som permanece ligado enquanto leem, telefonam, trocam mensagens pelo computador, assistem à televisão. E, para desespero de muitos pais, até quando estudam. Por mais difícil que seja para alguns adultos compreenderem, o fato é que os jovens estabelecem uma forma singular de vínculo com o exterior: suas referências são de curta duração também pela necessidade de se diferenciar da maioria. Assim, modismos e cultos a ídolos deixam de ser parte do ideário de uma geração e passam a ser apenas objetos de diversão pura e simples. A expressão ídolo de uma geração pode não fazer mais sentido. A ideia do ídolo como símbolo de uma forma de pensar e viver ou modelo de identificação parece mais ligada a décadas anteriores. Assim como outros aspectos do cotidiano, o entretenimento é descartável e, como tal, passa rápido.

O rapaz que nas férias passadas era surfista poderá adotar o visual emo no próximo fim de semana, alterando rapidamente seus hábitos, pôsteres porventura afixados na parede, estilos musicais preferidos, locais que frequenta etc. Nesse momento em que a transitoriedade impera, não há estilos definitivos.

O mesmo ocorre com relação às drogas: entre a geração dos anos 60 e 70, por exemplo, o uso frequentemente estava associado à contestação e aos ideais de liberdade de expressão.

Atualmente, é mais um objeto de consumo, voltado ao prazer mais pragmático e objetivo. O psicanalista americano Christopher Lasch reconhece este momento como resultante de uma espécie de cultura de consumo, que acaba por debilitar a própria capacidade dos indivíduos de discriminar fantasia de realidade, já que, como em um caleidoscópio, surgem a todo momento novidades que despertam novas necessidades.

Todo indivíduo nesta sociedade parece ser elo de múltiplas redes de comunicação, informação, interpretação, divertimento, aflição e evasão. Os movimentos e centros de emissão estão dispersos, desterritorializados pelo mundo afora. Principalmente para jovens das classes mais baixas, com menos acesso às evoluções tecnológicas, a televisão oferece scripts sobre os papéis sociais, gênero, gratificação social, sexual, lazer, resolução de conflitos e valores. Publicado nos Estados Unidos, o relatório Growing up in the prime time: analyses of adolescent girls on the television examinou mais de 200 episódios de programas para adolescentes e constatou que a aparência deles é considerada mais importante que sua inteligência; meninas cultas que gostam de estudar são exibidas como socialmente desajustadas; elas são mais passivas que seus colegas do sexo masculino. E frequentemente o jovem é retratado como obcecado por compras, pela própria imagem, excessivamente voltado para a vida amorosa e pouco interessado em conversas sobre questões existenciais, acadêmicas ou mesmo profissionais. A falta de senso crítico, aliada à ideologia do consumo, tem gerado também uma tendência à banalização da posse material, uma vez que aparelhos tecnológicos acabam assimilados como móveis e utensílios da casa, e passa a importar pouco ao jovem onde as informações são obtidas, contanto que sejam acessíveis.

A rapidez e o fracionamento da informação são incorporados ao cotidiano dessa geração; o mergulho nessa realidade não se dá no meio, mas entre os meios. Valoriza-se a narrativa curta com significado quase imediato. Há uma aceleração temporal conciliada à fragmentação espacial. A televisão é considerada ao mesmo tempo invisível e onipresente, ainda que apareça como coadjuvante nos bares, restaurantes, no intervalo da escola e em vários ambientes da casa. É o jovem que capta dados nas incursões aos diferentes campos de informação quem vai construir um significado inerente ao fluxo dessas informações.

ESCOLA E FAMÍLIA

Dentro de um novo contexto social, instaura-se também um modelo de juventude. Relações familiares com nova conformação trazem outros referenciais ao adolescente. Os modelos e o conjunto do saber não advêm mais dos pais – pelo menos não necessariamente. A figura paterna está hoje mais diluída. O sociólogo francês Eugène Enriquez, ligado à psicossociologia e à sociologia clínica, considera que esse enfraquecimento está associado à incapacidade paterna de se situar no lugar da lei e de, consequentemente, desempenhar seu papel de interventor e polo de identificação. A criança e o jovem aprendem com os meios de comunicação de massa, com seu grupo de companheiros e com sua experiência pessoal. Também a escola tem deixado de exercer o papel de grande educadora; se o capitalismo valoriza uma relação clientelista, visando o lucro e estimulando o consumo, os alunos das escolas e universidades particulares são, em sua maioria, também atendidos sob essa perspectiva.

A proposta de satisfação imediata estende-se na relação família-escola, e a livre concorrência do mercado, direta ou indiretamente, autoriza as instituições a oferecer aos pais os instrumentos para esse nível de gratificação. É possível observar, em alguns casos, a tendência de um modus operandi empresarial por parte, inclusive, de algumas instituições educacionais, voltadas primordialmente ao lucro e aos investimentos que garantam o menor número possível de evasão dos alunos. Em consonância com as ideias do psicanalista Peter Blos, esta queda gradual e radical da convivência familiar – com reflexos na educação, nutrição, hábitos e preceitos morais – leva os pais a acreditar, cada vez mais, nas recomendações públicas que a mídia faz entrar nos lares. A tradição fica, então, substituída pelos especialistas que oferecem respostas para os problemas cotidianos. Isso favorece ainda mais o enfraquecimento da autoridade das figuras parentais, que muitas vezes abdicam de suas próprias convicções em favor de escolhas feitas por especialistas.

Na clínica de adolescentes, observa-se claramente a dificuldade dos pais em assumir uma posição de autoridade. A questão vem, muitas vezes, justificada por compromissos profissionais e o consequente sentimento de culpa em decorrência do afastamento do convívio diário. Esses fatores, aliados ao forte acesso aos meios de comunicação, especialmente a TV e a internet, têm levado algumas pesquisas a entender o comportamento dos jovens com base nesses novos referenciais.

A força e o poder da mídia permitem observá-la com características conceitualmente institucionais. Para Nicola Abbagnanno, autor do Dicionário de filosofia (2000), a instituição pode ser entendida como um conjunto de normas que regulam a ação social. Autores como o sociólogo G. Lapassande ressaltam que as instituições estão inseridas em um sistema social, vinculadas ao contexto político. A relação entre ideologia e instituição também se faz presente, considerando que todas as mediações institucionais atravessam a sociedade e determinam suas opções, preferências, rejeições e aspirações. O controle ideológico provoca o que o autor chama de desconhecimento social, fruto de mecanismos que interferem na educação, informação e cultura.

O vazio e a falta de perspectiva resistem à sociedade espetacular, pregadora da beleza e da felicidade. Elaborar, pensar e criticar são atos humanos que exigem uma postura ativa diante das experiências. Manter-se constantemente no papel de espectador remete à alienação e à passividade. Não é possível ignorar que a indústria do entretenimento, aliada aos valores do capitalismo, transforma todas as informações em show e, assim, realidade e fantasia se confundem. O educador americano Neil Postman vê o excesso de informação levando à impossibilidade de pensar: “Por pensar, entendo ter tempo e motivação para perguntar-me: Qual o significado deste acontecimento? Qual é sua história? Quais são as razões disso? Como isso se encaixa no que já sei do mundo?”, questiona.

O jovem hoje, por outro lado, pode estar desenvolvendo um novo modo de pensar, voltando à rapidez da capacidade de detectar a informação e sintetizá-la. Mas, assim como as informações zapeadas, sua mente, seu corpo e suas relações podem estar fragmentados, dificultando uma percepção mais apurada e cuidadosa, seja de seus sentimentos, seja das experiências que o mundo tão intensamente lhe oferece.

Erane Paladino é psicóloga clínica, coordenadora e professora do Departamento de Psicodinâmica do Instituto Sedes Sapientiae, autora do livro O adolescente e o conflito de gerações na sociedade contemporânea (Casa do Psicólogo)

Fonte: 

http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/geracao_zapping_ta_ligado_.html
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